“Certa noite, de volta a casa, bastante embriagado, de uma das tascas dos subúrbios, supus que o gato evitava minha presença. Agarrei-o, mas, nisto, amedrontado com a minha violência, deu-me ele leve dentada na mão. Uma fúria diabólica apossou-se instantaneamente de mim. Cheguei a desconhecer-me. Parecia que minha alma original havia abandonado de repente o corpo e uma maldade mais do que satânica, saturada de álcool, fazia vibrar todas as fibras de meu corpo. Tirei do bolso do colete um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pela garganta e, deliberadamente, arranquei-lhe um dos olhos da órbita! Coro, abraso-me, estremeço ao narrar a condenável atrocidade.”
21 de julho de 2014
3 abril, 2015 at 10:52
[…] aspectos, propomos uma análise comparativa entre os contos “Genaro” de Álvares de Azevedo, “Gato Preto” de Edgar Allan Poe e “Aparição” de Guy de Maupassant, procurando estabelecer relações entre […]
4 abril, 2015 at 16:04
[…] tomaremos como objeto de análise seis contos de Poe: ‘Berenice, ‘A queda do solar de Usher’, ‘O gato preto’, ‘O barril do Amontilado’, ‘O retrato oval’ e ‘O poço e o pêndulo’, porque neles […]
22 maio, 2017 at 6:02
[…] poemas mais famosos do escritor, cujo tom mórbido e depressivo prevalece ao longo da escrita. Já ‘O gato preto’ traz à tona um estudo da psicologia da culpa, através de um narrador assassino, cuja mente […]