“Era errado chamar aquilo de tempestade mental. Foi imenso e impressionante e intenso, cauterizante e ofuscante e sufocante. Mas foi tranquilo também, e gentil com uma gentileza mais violenta do que o ódio humano. (…) desta vez eu não estaria sozinho, em minha planície sombria.
Mas com essa frase eu pensei em Lya.
E de repente me encontrei resistindo, lutando contra aquilo, combatendo aquele oceano avassalador de amor. Eu corri, corri, corri, CORRI… e fechei a porta da minha mente, tranquei todas as fechaduras e deixei a tempestade açoitá-la e uivar, enquanto segurava a porta com todas as minhas forças, resistindo. Ainda assim ela começou a entortar e estalar.
Gritei. A porta abriu de sopetão e a tempestade invadiu e me tragou com ela, sacudiu-me em círculos indo e voltando. Velejei até as frias estrelas mas elas não mais eram frias, e cresci e cresci até que eu fosse as estrelas e elas fossem eu, e éramos a União, e por um único solitário instante iluminado eu era o universo inteiro.
Então nada.”
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3 abril, 2015 at 20:03
[…] (…) Em A song for Lya, acompanhamos um casal de investigadores: Robb, um sensitivo (alguém capaz de captar emoções), e […]